Tela Tosca & Rockways - Tom Zé
Me senti muiiiito moderno hoje. Fui ver “Fabricando Tom Zé”, o bom documentário de Décio Matos Junior. Não gosto da música dele, mas admiro sua pessoa e sua história. Tom Zé, com sua genialidade extravagante, se coloca acima na história da música brasileira justamente se apresentando como medíocre, enquanto outros bem menos talentosos se auto exaltam.
A melhor passagem do documentário de 1h30 é uma crise de raiva que ele tem durante a passagem de som no festival de Montreaux, na França, em 2005. O técnico de som não consegue regular o som como Tom Zé quer e isso vai deixando o músico cada vez mais irritado. Até chegar ao ponto de dizer que se o som não ficasse bom, ele não tocaria. Nada de estrelismo. Ele discute com o técnico, parte pra cima, empurra o rapaz que cai no chão. A turma do chega disso aparta. Tom Zé não é assim. Nos bastidores, ele explica que os franceses são humilhados pelas próprias pessoas que eles humilham e se dá como exemplo: os franceses são belos fisicamente, ricos, tem tecnologia, entre outras coisas. Os brasileiros (como ele e sua banda) são fodidos, feios, desgraçados e pobres. Mas, os franceses não são capazes de produzir música para manter o maior festival musical deles que é sustentado pelos músicos brasileiros. Bingo!
Outros momentos bacanas são a dedicação à esposa Neusa Martins, seus discos na Baratos Afins e ele tocando com os Mutantes. É claro que toda coisa moderna vem seguida de uma infinidade de chatices – que não tem nada a ver com Tom Zé. O do documentário é a descartável opinião de Arnaldo Antunes, o moderno-chato-mor ex-titã.
Tom Zé faz parte de um lamentável lado da cultura brasileira: a da que precisa de aval estrangeiro para ser aceito no Brasil. Assim aparece o David Byrne falando de como descobriu Tom Zé e o levou ao reconhecimento conceitual na Europa e EUA.
Aliás, também acho o Byrne um chato por ser um dos responsáveis pelo fim de uma das mais bacanas bandas da história do rock – o Talking Heads - por questões egocêntricas e partir para a tal world music. Mas, isso é assunto para outro post.
As últimas oportunidades de ver “Fabricando Tom Zé”, na Semana do Cinema Nacional no Cinesystem, em Maringá:
quarta-feira às 15h e 17h20
quinta-feira às 19h40
A melhor passagem do documentário de 1h30 é uma crise de raiva que ele tem durante a passagem de som no festival de Montreaux, na França, em 2005. O técnico de som não consegue regular o som como Tom Zé quer e isso vai deixando o músico cada vez mais irritado. Até chegar ao ponto de dizer que se o som não ficasse bom, ele não tocaria. Nada de estrelismo. Ele discute com o técnico, parte pra cima, empurra o rapaz que cai no chão. A turma do chega disso aparta. Tom Zé não é assim. Nos bastidores, ele explica que os franceses são humilhados pelas próprias pessoas que eles humilham e se dá como exemplo: os franceses são belos fisicamente, ricos, tem tecnologia, entre outras coisas. Os brasileiros (como ele e sua banda) são fodidos, feios, desgraçados e pobres. Mas, os franceses não são capazes de produzir música para manter o maior festival musical deles que é sustentado pelos músicos brasileiros. Bingo!
Outros momentos bacanas são a dedicação à esposa Neusa Martins, seus discos na Baratos Afins e ele tocando com os Mutantes. É claro que toda coisa moderna vem seguida de uma infinidade de chatices – que não tem nada a ver com Tom Zé. O do documentário é a descartável opinião de Arnaldo Antunes, o moderno-chato-mor ex-titã.
Tom Zé faz parte de um lamentável lado da cultura brasileira: a da que precisa de aval estrangeiro para ser aceito no Brasil. Assim aparece o David Byrne falando de como descobriu Tom Zé e o levou ao reconhecimento conceitual na Europa e EUA.
Aliás, também acho o Byrne um chato por ser um dos responsáveis pelo fim de uma das mais bacanas bandas da história do rock – o Talking Heads - por questões egocêntricas e partir para a tal world music. Mas, isso é assunto para outro post.
As últimas oportunidades de ver “Fabricando Tom Zé”, na Semana do Cinema Nacional no Cinesystem, em Maringá:
quarta-feira às 15h e 17h20
quinta-feira às 19h40
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